Porto Editora publica 70072: A menina que não sabia odiar, as memórias de Lidia Maksymowicz, a mais jovem sobrevivente do campo de extermínio Auschwitz-Birkenau.
Uma obra que conta com prefácio do Papa Francisco. Preço: 15,50 €
Lidia Maksymowicz, a criança que passou mais tempo em Auschwitz-Birkenau, encontra-se em Roma para a estreia de um documentário sobre a sua vida, produzido em 2021 pela Associazione Memoria Viva. Convidada para assistir à audiência papal em memória das vítimas do Holocausto, após cumprimentar o Papa Francisco, levanta a manga da camisa, mostrando-lhe o número de inscrição com que fora marcada: 70072. O gesto foi notícia em todo o mundo.
Lidia Maksymowicz tinha três anos quando, em dezembro de 1943, entrou com a mãe no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, onde foi marcada com o n.º 70072. Durante treze meses, sobreviveu àquele inferno como uma das pequenas cobaias de Josef Mengele, conhecido como «o Anjo da Morte». Em janeiro de 1945, após a libertação, sai de Auschwitz na companhia de uma mulher polaca, que decidiu adotar um dos «órfãos» deixados num local repleto de cadáveres. É na casa desta mulher que Lidia vive e cresce. No entanto, a pequena sobrevivente não esquece o seu nome nem a mãe biológica: não deixa de acreditar que a mãe está viva, nem de a procurar. E, de forma quase miraculosa, as duas irão reencontrar-se, dezassete anos depois. Do campo de concentração, Lidia recorda-se do silêncio necessário para sobreviver, sem poder sequer permitir-se uma emoção. Hoje, volvidos quase oitenta anos da sua prisão, dedica-se a preservar a memória do Holocausto, testemunhando «o que foi o Mal e que o Bem pode sempre prevalecer».
Um ano depois, a sua biografia, inspirada no documentário e escrita em colaboração com o jornalista Paolo Rodari, com prefácios do Papa Francisco e de dois outros sobreviventes do Holocausto, chega às livrarias. 70072: A menina que não sabia odiar é essa inspiradora história.
O livro já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias a 26 de janeiro, véspera do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
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