O tempo de gravidez tem uma duração média de 40 semanas, o período necessário para o correto desenvolvimento dos órgãos do bebé. Isto significa que os bebés prematuros são todos aqueles que nascem antes das 37 semanas de gravidez e que, por isso, são mais vulneráveis.
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No âmbito da sensibilização para o Dia Mundial da Prematuridade, que se assinala a 17 de novembro, recordamos, através do Blog da Medicare `Mais Saúde´, alguns problemas mais comuns e cuidados a ter com estes bebés mais sensíveis.
A prematuridade, segundo a Organização Mundial da Saúde, é uma das principais causas de morte dos bebés no primeiro mês de vida. Em 2020, a taxa de nascimentos prematuros em Portugal, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, situava-se nos 6,8%. Compreende-se, assim, a preocupação e angústia dos pais de um bebé prematuro.
No entanto, ainda que se trate de um bebé mais vulnerável a certas doenças e com mais sensibilidade a fatores externos, estas crianças conseguem desenvolver-se de forma saudável.
A prematuridade e os problemas associados
Um bebé é prematuro se o seu nascimento acontecer antes das 37 semanas de gestação. A duração da gestação varia entre 37 e 42 semanas. Ao nascer antes do tempo, o bebé tem uma maior probabilidade de sofrer complicações a curto, médio e longo prazo, devido à imaturidade dos seus órgãos e sistemas e, por isso, exige muitos cuidados especiais e internamento hospitalar prolongado.
Os problemas mais comuns da prematuridade devem-se à imaturidade dos órgãos e sistemas orgânicos que ainda não se desenvolveram totalmente, ou seja, um bebé prematuro poderá apresentar dificuldades ao nível da respiração, controlo da temperatura, digestão, metabolismo, entre outras. O maior risco de complicações num prematuro varia de acordo com o seu grau de prematuridade e, também, com determinadas causas de prematuridade como, por exemplo, infeções, diabetes ou pré-eclâmpsia.
Cuidados a ter
Habitualmente existe a necessidade de ficar mais tempo internado numa enfermaria ou numa Unidade de Cuidados Intermédios ou Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais. Unidades essas que têm os recursos humanos e tecnológicos necessários para dar a assistência e os cuidados especiais exigidos.
Estes cuidados clínicos são estruturados para assegurar três funções essenciais ao bebé prematuro: temperatura corporal, respiração e alimentação. A incubadora vai ajudar a manter a temperatura corporal, um ventilador ou um respirador vai ajudar a respirar e a alimentação necessária pode ser feita através de um tubo colocado no nariz, estômago ou numa veia.
No entanto, a maior preocupação dos pais poderá ser no momento da alta que vai exigir alguns cuidados redobrados devido ao prematuro ter uma pele e um sistema respiratório mais delicado, nomeadamente:
Não colocar o bebé prematuro a dormir de barriga para baixo;
Não fumar em casa;
Evitar lugares fechados e com aglomerações de pessoas;
Evitar o contacto com pessoas com infeções respiratórias;
Lavar as mãos com frequência;
Se possível, dar prioridade ao aleitamento materno;
Manter a vacinação em dia;
Trocar as fraldas a cada 2 ou 3 horas:
Utilizar um sabonete neutro para o banho e dar banho de forma suave, sem esfregar;
Por muito que custe, evitar os beijinhos no bebé por parte de pessoas fora do círculo familiar mais próximo.
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Fatores de risco
Embora não exista nenhum teste que possa prever um parto prematuro, a verdade é que existem vários fatores que aumentam o risco de isso acontecer a uma grávida, nomeadamente:
Ter tido um parto prematuro anterior;
Tratar-se de uma gravidez múltipla, ou seja, uma gravidez de gémeos, por exemplo;
Intervalo de menos de 6 meses entre gravidezes;
Fertilização in vitro;
Problemas no útero, colo do útero ou placenta;
Tabagismo, uso de drogas ou álcool;
Infeção do líquido amniótico ou do trato genital inferior;
Doenças como tensão arterial ou diabetes;
Ter tido abortos múltiplos ou abortos espontâneos;
Acidente ou trauma;
Ter menos de 17 anos ou mais de 35.
Como prevenir
A prevenção nem sempre é possível, mas há medidas que devem ser seguidas que incluem:
Ter acompanhamento médico pré-natal;
Relatar ao médico assistente doenças crónicas e reações alérgicas já apresentadas da mãe e do pai;
Não se automedicar, não consumir álcool e não fumar;
Ter uma alimentação saudável com a nutrição adequada;
Recorrer a técnicas para alívio do stress.
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