Na Bertrand Editora, o novo ano começou com histórias de Stephen King, James Rollins e Danielle Steel, e com novas e relevantes apostas nas áreas da ficção, não-ficção e infantil. Também a Quetzal Editores sugere um livro só para fanáticos de Borges. A Casa das Letras edita "Construa a Vida que Quer", de Ophrah Winfrey e e Harvard, Arthur C. Brooks.
Na ficção, as novidades incluem O Clube de Leitura Antiguerra, de Annie Lyons, um romance sobre o poder transformador nos livros, até nos tempos mais conturbados, O Grande Armazém dos Sonhos, o bestseller da sul-coreana Miye Lee, que descreve uma localidade misteriosa onde existe um armazém onde todos os sonhos estão à venda, e O Quinto Filho, de Doris Lessing, uma curta obra publicada originalmente em 1988, mas que se mantém atual pela forma honesta como aborda temas como a família e a maternidade.
Na não-ficção, vamos viajar até à realidade portuguesa, analisada em Portugal Esquecido – Retrato de um país desigual, volume coordenado por Catarina Martins e João Teixeira Lopes, e em Portugal, e Agora? 30 ideias para transformar o país, de Miguel Costa Matos, secretário-geral da Juventude Socialista. Destaque ainda para A Hermafrodita e a Inquisição Portuguesa, de François Soyer, o curioso caso que abalou o Santo Ofício no século XVIII.
A pensar nos mais pequenos, a Bertrand vai publicar O Médico do Mundo, de Teresa Lencastre Torres e Marta Girão com ilustrações de Simone Nico, sobre a vida real de um médico humanitário, e Pais à Venda, cuja protagonista é a Adele, a menina criada por Mr Tan e ilustrada por Diane Le Feyer, que regressa com novas aventuras.
22/11/63
O som dos três tiros disparados a 22 de novembro de 1963 contra John F. Kennedy em Dallas, no Texas, ecoa nos ouvidos do protagonista de 22/11/63, Jake Epping, um professor de Lisbon Falls, no Maine, que descobriu a existência de um portal do tempo na despensa do seu restaurante favorito. Transpondo-o, Jake Epping viaja até 1958, o período que antecedeu os trágicos eventos em Dallas.
Um portento de mais de 900 páginas, que Stephen King demorou quase quarenta anos a escrever, 22/11/63 revisita um dos eventos mais marcantes da História recente dos Estados Unidos da América e o seu impacto na realidade política e social de um país dividido, em busca da sua identidade.
Há muito esgotado na edição nacional, 22/11/63 regressa às livrarias a 11 de janeiro pela Bertrand Editora, com tradução de Ana Lourenço e Maria João Lourenço, mesmo a tempo das próximas eleições presidenciais norte-americanas.
Evaristo Carriego
É aos subúrbios de Buenos Aires que Jorge Luis Borges resgata Evaristo Carriego, figura que frequentou a casa de seus pais, nos tempos de meninice do autor. Alguns anos depois da morte prematura de Carriego, aos 29 anos, Borges dedica-lhe um estudo sobre a obra e o mundo, que se diz, ligado ao tango e à literatura dos bairros pobres da Argentina. «Menos documental que imaginativo», explica no prólogo.
Evaristo Carriego, poeta do bairro de Palermo, nos arrabaldes de Buenos Aires, bairro de brigas e boémia de facas na liga, de milongas e tangos dançados por homens, foi criado pelo subúrbio e, por sua vez, recriou o subúrbio. Publicou, durante a sua curta vida, um único livro de poemas, Misas herejes (1908), em que praticou vinte e sete tipos de versificação e de que se destacam os poemas «El alma del subúrbio», «El guapo» e «En el barrio». Antes de morrer, deixou preparados os poemas que vieram a integrar a edição póstuma (1913) de La canción del barrio. Borges transforma-o em personagem desta sua biografia publicada em 1932.
Evaristo Carriego chega a 11 de janeiro às livrarias, com tradução de José Colaço Barreiros, e dá continuidade à série de capas retiradas do tríptico As Tentações de Santo Antão, do pintor Hieronymus Bosch, exposto no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa
Construa a Vida que Quer
Este livro editado pela Casa das Letras que Ophrah Winfrey escreveu em colaboração com o professor universitário de Harvard, Arthur C. Brooks, combina a arte e a ciência da felicidade num livro que pretende ajudá-lo a gerir emoções, transformar as dificuldades e os desafios inevitáveis da vida em oportunidades de crescimento. E que está cheio de lições para aplicar no quotidiano, quer profissional, quer pessoal.
Combinando as décadas de experiência de ambos, os autores explicam como melhorar a nossa vida – em vez de esperar que o mundo exterior mude.
Construa a Vida que Quer apresenta-lhe a ciência de vanguarda que pode mudar a sua vida, em termos compreensíveis e com estratégias exequíveis. Ao longo do caminho, Arthur e Oprah partilham a sabedoria adquirida com muito esforço nas suas próprias vidas e carreiras. Em cada página, as suas capacidades de felicidade aumentarão e aprenderá informações surpreendentes que mal pode esperar para partilhar com os outros.
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